Os principais modelos de administração pública são: patrimonialista, burocrático e gerencial.
O modelo patrimonialista baseia-se no modelo de dominação tradicional (costumes). Surge no Brasil em um contexto histórico de colonialismo, coronelismo e de confusão entre o público e o privado. Esse modelo tem como características: personalismo, relações com base em troca de favores, voluntarismo em que prevalece a vontade de quem ocupa o poder em detrimento dos interesses da sociedade, amadorismo que foca no curto prazo e em interesses momentâneos, favoritismo, clientelismo, fisiologismo, nepotismo, atos de revanchismo, imediatismo, sentimentalismo, estrelismo, messianismo, parasitismo. O modelo patrimonialista pelas características listadas anteriormente é ineficiente e não proporciona qualquer tipo transparência.
O modelo burocrático baseia-se na legitimação racional-legal com forte submissão da Administração Pública às leis. Tem como características: meritocracia, profissionalismo, adoção de concurso público e licitação, separação entre o público e o privado, racionalismo, legalismo, impessoalidade, planejamento, formalismo, ideia de hierarquia com subordinação e escalonamento de funções, ênfase em mecanismos de controles para aferição de metas, desconfiança prévia. Esse modelo apresenta algumas disfunções: apego ao regulamento, excesso de formalismo, morosidade, despersonalização das relações, superconformidade às rotinas, supervalorização dos agentes públicos, ineficiência, autoreferência, corporativismo, tecnocracia.
O modelo gerencial busca diminuir o viés burocrático, eliminar resquícios do modelo patrimonialista e garantir a ampliação de espaços democráticos no âmbito da administração pública. São características desse modelo: busca pela eficiência e pela legitimidade, foco no controle de resultados, controle social, motivações das decisões administrativas, transparência de prestação de contas, descentralização do poder, celebração de contratos de gestão, accountability (transparência, prestação de contas e responsabilização, consensualismo e estímulo às parcerias. O modelo gerencial por suas características listadas anteriormente tem impacto positivo no que se refere à eficiência e transparência na gestão dos serviços públicos.
Patrimonialista, burocrático e gerencial. Em resumo, o modelo patrimonialista tende a ser ineficiente e opaco, com foco em interesses pessoais. O modelo burocrático busca a eficiência por meio da padronização, mas pode ser rígido. A abordagem gerencial visa a eficiência e a transparência por meio de resultados e medições. Cada modelo tem seus prós e contras, e a escolha do modelo adequado depende das necessidades, contextos e objetivos específicos de cada sociedade. Idealmente, uma combinação de elementos eficazes de diferentes modelos pode levar a uma gestão pública mais eficiente e transparente.
De e acordo ensinado e comentado pelo professor Fábio Lins, os principais modelos de administração pública são: Patrimonialista, que se baseava única e exclusivamente, no poder e gosto do mandatário político, que tratava a coisa pública como uma extensão do seu poder político e das suas vontades, aparelhando todos os órgãos públicos com pessoas do seu interesse, dando cargos e funções para essas pessoas que faziam o que ele mandava e determinava e se perpetuando quase que para sempre no poder; o Burocrático que fez toda uma modificação na administração pública à partir dos anos 30, fazendo com que houvesse uma divisão e separação entre o público e o privado, valorizando os concursos públicos, a meritocracia e tornando a vida em sociedade mais justa; finalmente o Gerencial, que houve uma melhor distribuição de funções e selecionando pessoas mais qualificadas para as funções públicas. A racionalidade se fez presente dando mais clareza e sofisticação nas decisões, os assuntos de interesse da população ficou mais célere, a perda de tempo que existia antigamente na vida da sociedade que esperava uma decisão do poder público em certas questões que emanava dos governos, se tornou coisa do passado, dando uma menor perda de tempo para o público que almejava-a. Com essa modificação, esse avanço, surgiram as PPP, criando as agências reguladoras, tirando esse fardo do estado e fomentando que as empresas privadas participassem das decisões através de licitações para a prestação de serviços para a população, mas com a fiscalização do estado representado por essas agências reguladoras.
De acordo com os vídeos disponibilizados, os modelos de administração pública no Brasil são Administração Patrimonialista, Administração Burocrática e a Administração Gerencial, sendo que cada um deles possui influências distintas na eficiência e transparência na gestão dos serviços públicos.
O modelo Patrimonialista é marcado por práticas de nepotismo, clientelismo e uso pessoal de recursos públicos. Sua falta de transparência e accountability resulta em distribuição de cargos públicos com base em critérios pessoais, conduzindo a fraudes em licitações, concentração de poder, corrupção e falta de preocupação com as demandas da sociedade.
No modelo Burocrático, há legalismo, impessoalidade, hierarquia e mecanismos de controle, embora possa levar ao excesso de formalismo e resistência a mudanças. A eficiência e transparência são fomentadas, mas a rigidez pode impactar negativamente em situações complexas.
O modelo Gerencial, inspirado na gestão privada, visa atender às demandas da sociedade com foco em resultados e eficiência. Promove transparência, prestação de contas e accountability, embora muitas de suas medidas ainda não tenham sido plenamente implementadas.
A persistência de práticas do Patrimonialismo, preservação de características do modelo Burocrático e a adoção de abordagens do modelo Gerencial contribuem para os desafios enfrentados na prestação eficiente de serviços públicos. Mudanças culturais, engajamento da sociedade, fortalecimento de mecanismos participativos, controle e prestação de contas são essenciais para avançar em direção a uma administração pública mais eficaz e responsável.
Os principais modelos da administração pública são: o Patrimonialismo, a burocracia e o gerencialismo. No modelo patrimonialista existia uma confusão entre o patrimônio público e o privado resultando em corrupção e nepotismo. Esse sistema caracterizava-se por uma desorganização do Estado e o completo descaso pelo cidadão e pelas demandas sociais. Para contrapor esse modelo surge, na segunda metade do século XIX, o modelo de gestão burocrática, como forma de combater a corrupção e o nepotismo através de uma gestão mais profissional, legalista e democrática. Já o modelo gerencialista surge como uma evolução do modelo anterior, tentando dirimir suas disfunções e melhorar seus pontos fortes, inspirado no modelo da gestão privada, seu objetivo principal é a eficiência na administração e qualidade do serviço público.
Como muito bem frisou o colega Francisco, no sistema burocrático, uma grande chaga que foi combatida foi o nepotismo, que atrasava demais o serviço público, pois servia de 'cabide emprego' para os amigos e familiares do político que estava no poder.
Os principais modelos de administração pública são o Patrimonialista, Burocrático e o Gerencial.
Patrimonialismo: os bens do soberano não se separavam das propriedades públicas, representando uma só coisa. Neste período, era comum o uso da coisa pública em favor dos monarcas. O Estado era usado como uma extensão das posses do detentor do poder.
Burocracia: os bens dos detentores do poder deveriam ser separados daqueles do próprio Poder Público.
Possui como características: -Normas e regulamentos possuem caráter legal;
- As comunicações são formalizadas e oficiais;
- O trabalho é dividido de forma racional;
- Os relacionamentos são impessoais;
- A autoridade segue a hierarquia;
- As rotinas e procedimentos são padronizados;
- A competência técnica é valorizada através da meritocracia;
- A administração é especializada (não há patrimonialismo);
- Os membros da organização são profissionais;
- O funcionamento da organização é completamente previsível.
Gerencialismo: A Administração Pública Gerencial (nova gestão pública) vê a sociedade como um campo de conflito, cooperação e incerteza, onde os cidadãos defendem seus interesses e afirmam suas posições ideológicas. O foco deixa de ser o controle de processos (apesar de processos racionais, bem feitos e baseados no profissionalismo continuarem sendo importantes) e passa a ser a entrega de resultados
O aperfeiçoamento dos modelos de administração visam a busca por maior eficiência, transparência, participação cidadã e responsabilização na gestão dos serviços públicos.
Existem vários modelos de administração pública, cada um com seus próprios pontos fortes e fracos. Alguns dos modelos mais comuns incluem:
Modelo burocrático: Este é o modelo mais tradicional de administração pública. Ele é caracterizado por uma estrutura hierárquica, normas e procedimentos formais e uma forte ênfase na eficiência. O modelo burocrático pode ser eficaz na prestação de serviços públicos de rotina, mas pode ser menos flexível e adaptável às mudanças.
Modelo gerencial: Este modelo é baseado nos princípios da administração privada. Ele enfatiza a eficiência, a eficácia e a produtividade. O modelo gerencial pode ser mais flexível e adaptável do que o modelo burocrático, mas pode ser menos transparente e menos comprometido com os valores públicos.
Modelo participativo: Este modelo enfatiza a participação dos cidadãos na tomada de decisão. Ele pode ser mais transparente e democrático do que os outros modelos, mas pode ser menos eficiente e eficaz.
O impacto dos diferentes modelos de administração pública na eficiência e na transparência na gestão dos serviços públicos varia de acordo com o contexto específico.
Os principais modelos de administração pública são: Patrimonialista, Burocrático e Gerencial.
O modelo Patrimonialista se caracteriza, principalmente, pela ausência de distinção entre o público e o privado. Esse modelo é contrário ao direito atual, pois não há preocupação com prestação de contas, não há transparência, não há eficiência.
A administração pública se relaciona de forma pessoal em detrimento da lei. As relações são marcadas pela troca de favores em prol de benefícios para si ou para outros de sua proximidade. A vontade pessoal se sobrepõe à vontade da sociedade e quem está próximo ao poder, leva alguma vantagem. A relação de favoritismo e clientelismo são utilizados para a manutenção das relações de poder.
Nesse modelo de gestão, aquele que está a frente do poder concentra todas as decisões. Não há profissionalismo na administração pública, não há preocupação em planejar e nem utilizar a técnica e a ciência como ferramentas de gestão. Ademais, não há concursos públicos para seleção de servidores, que são indicados de acordo com critérios pessoais, evidenciando o nepotismo.
Nesse contexto, o patrimonialismo não guarda consonância com a atualidade. No entanto, ainda podemos nos deparar com situações sugestivas a esse modelo, a exemplo do provimento de cargos em comissão, os quais não tem obrigatoriedade de serem preenchidos por servidores públicos e, geralmente, são ocupados por meio de indicações.
Assim, diante de um modelo que não distinguia a coisa pública da privada, veio a necessidade de adotar um novo formato de gestão que norteasse os comportamentos da administração pública com legalismo e racionalismo. Esse novo modelo, denominado Burocrático, é concebido considerando aspectos como: a impessoalidade, a isonomia, a finalidade pública e a objetividade nos atos da administração pública.
O modelo burocrático traz em seu escopo a ótica do planejamento, com ações de médio e longo prazo, que substituem a característica imediatista concebida no modelo Patrimonialista, cujos interesses estavam voltados ao curto prazo, a fim de que o poder se perpetuasse na lógica vigente à época.
Importante destacar que a burocracia prevê a profissionalização do serviço público, o que é positivo do ponto de vista da organização e da estruturação de atividades, que serão realizadas por pessoal com qualificação técnica. A perspectiva de meritocracia prevalece com a profissionalização dos agentes públicos, o que reduz a influência política em alguns setores.
Outro aspecto de destaque é a hierarquização, que pressupõe o escalonamento das atividades da administração de forma piramidal, deixando evidente o papel de cada um na cadeia administrativa.
Diante do exposto, apesar do modelo burocrático apresentar características positivas, que se perpetuam até hoje, como: o profissionalismo, a meritocracia e o legalismo, a administração pública exacerbou os atos burocráticos, tornando a máquina administrativa morosa e pouco efetiva, o que gerou a necessidade de revisão desse modelo de gestão.
Nesse sentido, o Estado abre uma nova janela de oportunidades, passando de um modelo de gestão intervencionista para um modelo regulador, com o intuito de reduzir a burocracia e garantir a democracia no País.
Vale citar que as características do modelo gerencial estão voltadas à eficiência, com foco na qualidade, no desempenho do servidor e na organização administrativa do serviço prestado ao cidadão.
A administração pública passa a se preocupar com a produtividade, a economicidade, a transparência no uso dos recursos públicos, além de reduzir os níveis hierárquicos, flexibilizando e descentralizando, assim, os atos administrativos.
Por fim, considera-se que o modelo gerencial avançou em vários aspectos em relação ao modelo burocrático, mas ainda é necessário impulsionar a gestão compartilhada com a sociedade na elaboração de políticas públicas, bem como viabilizar que o agente público internalize o papel fundamental que desempenha para a sociedade.
Os principais modelos de administração pública são:
Patrimonialista: personalista e baseado nos modelos de Estados Absolutistas, mas fortemente firmados nos séculos XVII e XVIII, quando o patrimônio do Monarca Absoluto se misturava com o patrimônio público, formando uma linha tênue na distinção entre público e privado. Esse modelo gera falta de participação pública (do povo) e privada, poderes em excesso ao "administrador", promovendo corrupção, nepotismo, ausência de carreiras de administrativas de Estado. Isso gera falta de transparência e maior corrupção.
- Burocrático: Administração Pública Burocrática surge na segunda metade do século XIX, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Temos como características da burocracia:
- Formalidade, com a criação de normas racionais;
- Impessoalidade
- Existência de administradores profissionais e capacitados, com a existência de cargos e carreiras públicas.
A burocracia tem como efeito desejado a previsibilidade e padronização do desempenho da atuação estatal, promovendo, com isso mais eficiência e transparência no trato público.
- Gerencial: busca promover e obter resultados mais efetivos e eficientes, com a utilização de boas práticas advindas do setor privado, na prestação do serviço público.
Digamos que seria uma nova abordagem para diminuir os problemas da burocracia, trabalhando e influenciando para flexibilizar a burocracia, simplificando processos, otimizando recursos e promovendo um atendimento ao público melhor, focalizando os resultados e solução das demandas públicas.
Isso tendo como norteadores o foco nos resultados, projetando os resultados desejados e medindo o desempenho; Foco no cidadão, tendo ele como centro das ações públicas do governo; Incentivos e concorrência, promovendo mecanismos de incentivo a competição no setor público a procura de resultados mais eficientes; Descentralização e autonomia, delegando autoridade para demais níveis, gerando mais eficiência e responsabilidade dos gestores.
O impacto disso é justamente a busca por mais eficiência e efetividade na gestão pública promovendo a busca por melhores resultados, transparência e um atendimento mais eficaz a população.