Aula 01 Reforma do Estado. de Renor Ribeiro

Reformas Administrativas no Brasil: do DASP até o PDRAE

1. Introdução

O presente estudo aborda a importância das reformas administrativas no Brasil ao longo do tempo, destacando a evolução e os impactos dessas mudanças no serviço público. Será apresentado um panorama geral sobre o tema, preparando o leitor para o aprofundamento nos diferentes momentos históricos abordados no decorrer do estudo. Isso fornecerá um histórico das reformas administrativas no Brasil, desde o DASP até o PDRAE, situando o leitor no contexto político, econômico e social em que essas transformações ocorreram. Serão destacados os principais desafios e necessidades que impulsionaram as mudanças no aparato estatal, gerando um panorama introdutório do cenário analisado.

2. O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP)

O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi criado em 1938 durante o governo de Getúlio Vargas, com o objetivo de modernizar e aprimorar a eficiência da administração pública brasileira. O DASP desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento e implementação de diversas medidas que visavam aperfeiçoar o setor público, buscando sempre a profissionalização e excelência dos serviços oferecidos à população. Dentre as principais áreas de atuação do DASP, destaca-se a promoção da meritocracia por meio da realização de concursos públicos transparentes e imparciais, que visavam garantir a seleção dos profissionais mais qualificados para os cargos disponíveis. Além disso, o departamento também se empenhou em promover a racionalização das despesas públicas, buscando reduzir o desperdício e otimizar os recursos disponíveis, garantindo assim um uso mais eficiente do dinheiro público.

Entre as principais características do DASP destacam-se a ênfase na racionalização dos gastos públicos, a profissionalização da administração e a centralização do controle financeiro e patrimonial. Os impactos de sua atuação incluem a melhoria da eficiência e da qualidade dos serviços públicos, a redução da corrupção e o fortalecimento do Estado. O legado do DASP pode ser observado nas bases da administração pública brasileira contemporânea.

3. Reformas Administrativas pós-DASP

Após o término do DASP, o governo de Juscelino Kubitschek implementou a reforma de 1958, com o objetivo de modernizar a administração pública. Essa reforma buscou descentralizar o poder, fortalecer os órgãos de planejamento e criar mecanismos de controle e avaliação. Já a reforma de 1967, durante o regime militar, teve como principal característica a centralização do poder e a ampliação do controle sobre a administração pública, visando atender aos interesses do regime. Ambas as reformas tiveram impactos significativos no funcionamento do Estado brasileiro.

3.1. Governo JK e a reforma de 1958

Durante o governo de Juscelino Kubitschek, foi implementada a reforma de 1958, cujo principal objetivo era modernizar e descentralizar a administração pública. Isso envolveu a criação de novos órgãos, a descentralização de recursos e maior autonomia para as unidades federativas. A reforma buscou fortalecer os órgãos de planejamento e controle, além de introduzir critérios de avaliação de desempenho. Essas mudanças tiveram impacto significativo na gestão do Estado brasileiro.

3.2. Reforma de 1967 e o regime militar

Durante o regime militar, a reforma administrativa de 1967 teve como principal característica a centralização do poder e a ampliação do controle sobre a administração pública. Isso resultou em uma estrutura mais hierarquizada e burocrática, com maior intervenção do Estado na economia e na sociedade. A reforma visava atender aos interesses do regime militar, o que influenciou significativamente o funcionamento do Estado brasileiro durante esse período. A centralização do poder promovida pela reforma trouxe consigo uma série de mudanças estruturais que impactaram diretamente as dinâmicas sociais e políticas da nação. Através da ampliação do controle sobre a administração pública, o governo foi capaz de consolidar sua autoridade e tomar decisões de forma mais efetiva. Essa abordagem centralizadora, no entanto, também resultou em um aumento da burocracia, o que levou a um maior número de procedimentos e regulamentações a serem seguidos. Além disso, a reforma administrativa de 1967 promoveu uma maior intervenção do Estado na economia e na sociedade. O governo passou a ter um papel mais ativo na condução das políticas públicas e na gestão dos recursos nacionais. Isso se traduziu em um aumento do controle estatal sobre os setores econômicos estratégicos, bem como em uma maior presença do Estado na vida cotidiana dos cidadãos. No contexto do regime militar, essa ampliação do controle estatal tinha como objetivo atender aos interesses específicos do governo. A reforma administrativa foi uma ferramenta utilizada para fortalecer o regime e garantir sua permanência no poder. Nesse sentido, a centralização do poder e a burocratização da administração pública foram mecanismos que permitiram ao governo controlar e monitorar de perto as atividades do Estado e da sociedade em geral.

Em suma, a reforma administrativa de 1967 teve um impacto significativo no funcionamento do Estado brasileiro durante o período do regime militar. A centralização do poder, a ampliação do controle sobre a administração pública e a maior intervenção do Estado na economia e na sociedade moldaram uma nova realidade política e social. Os reflexos dessas mudanças podem ser observados até os dias atuais, destacando a importância de compreendermos os eventos históricos que moldaram e influenciaram o Brasil.

4. Redemocratização e a Constituição de 1988

foi promulgada a Constituição Federal, que estabeleceu importantes mudanças no sistema político brasileiro. Com a promulgação da nova Constituição, foram criados novos órgãos e instituições, aumentando assim a estrutura administrativa do país. Além disso, a Constituição trouxe avanços significativos em diversas áreas, como a garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos, a descentralização do poder e a ampliação da participação popular nas tomadas de decisão. Essas reformas administrativas foram fundamentais para a consolidação do Estado democrático de direito no Brasil e para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

4.1. Contexto político e econômico

no Brasil foi marcado por intensos debates e negociações entre as diferentes forças políticas e sociais. A promulgação da Constituição foi um momento de grande expectativa e esperança para a população brasileira, que ansiava por um país mais justo e democrático. A Constituição de 1988 foi fruto de um longo processo de redemocratização do país, após anos de regime militar. Ela representou uma ruptura com o autoritarismo e estabeleceu as bases para a consolidação da democracia no Brasil. Dentre os principais avanços trazidos pela Constituição de 1988, podemos citar a garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos, a separação dos poderes, a descentralização política e administrativa, e a proteção dos direitos sociais. Além disso, a Constituição estabeleceu os princípios da igualdade, da dignidade da pessoa humana e do livre exercício da atividade econômica. No contexto econômico, a Constituição de 1988 buscou conciliar o desenvolvimento econômico com a garantia dos direitos sociais. Para isso, ela estabeleceu bases para a criação de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades sociais e a promoção do bem-estar da população. Apesar dos avanços trazidos pela Constituição de 1988, é importante ressaltar que o país ainda enfrenta desafios na efetivação dos direitos previstos na Carta Magna. Ainda há muito a ser feito para garantir a igualdade de oportunidades e o pleno exercício da cidadania para todos os brasileiros. No entanto, a Constituição de 1988 foi um marco na história do Brasil e tem sido fundamental na construção de um país mais democrático e inclusivo. Ela continua sendo a referência para a defesa dos direitos individuais e coletivos e para a promoção do desenvolvimento social e econômico do país.

5. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE)

brasileira e promover melhorias na eficiência e eficácia dos serviços prestados à população. O plano, elaborado no ano de 1995, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, consiste em um conjunto de medidas e diretrizes que visam reorganizar e reestruturar a máquina estatal, buscando sua adequação aos desafios e demandas do país naquela época. O PDRAE propõe uma série de ações, como a redução do tamanho do Estado, a descentralização administrativa, a profissionalização do serviço público, a simplificação de processos burocráticos, a modernização tecnológica e o fortalecimento da gestão por resultados. Assim, busca-se aprimorar a capacidade de resposta do Estado, tornando-o mais ágil, eficiente e orientado para o atendimento às necessidades da sociedade. Uma das principais diretrizes do PDRAE é a adoção de um modelo de gestão baseado em resultados, com a definição de metas e indicadores de desempenho para cada órgão e entidade da administração pública. Dessa forma, busca-se promover uma cultura de avaliação e cobrança por resultados, estimulando a busca por maior eficiência e qualidade na prestação de serviços. Além disso, o PDRAE propõe a descentralização administrativa, transferindo competências e responsabilidades para as esferas estaduais e municipais, buscando fortalecer a gestão local e estimular a participação da sociedade na definição e implementação de políticas públicas. A ideia é aproximar o Estado dos cidadãos, tornando-o mais ágil e acessível. Outra medida importante prevista pelo PDRAE é a profissionalização do serviço público, através da valorização do mérito, da capacitação e do aperfeiçoamento dos servidores. Busca-se a construção de uma administração pública mais eficiente e eficaz, baseada em critérios técnicos e de competência, garantindo a integridade e a imparcialidade nos processos decisórios. O PDRAE também tem como objetivo a simplificação de processos burocráticos, buscando eliminar a excessiva burocracia e os entraves que dificultam o acesso aos serviços públicos. Para isso, propõe-se a adoção de medidas que simplifiquem e agilizem os procedimentos, reduzindo custos e tempo de espera. Por fim, o PDRAE propõe a modernização tecnológica como ferramenta estratégica para a melhoria da gestão pública. Busca-se a utilização de tecnologias de informação e comunicação para agilizar os processos, melhorar o acesso aos serviços públicos e aumentar a transparência e a prestação de contas. Dessa forma, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) busca promover uma profunda transformação na gestão pública brasileira, tornando-a mais eficiente, transparente e orientada para resultados. Com a implementação de suas diretrizes e medidas, espera-se um Estado mais ágil, acessível e capaz de atender às demandas e necessidades da sociedade brasileira.

6. Conclusão

A pesquisa sobre as reformas administrativas no Brasil, do DASP até o PDRAE, revelou a evolução e os desafios enfrentados ao longo dos anos. Foi possível observar a importância dessas reformas para a modernização e eficiência do serviço público, além da influência do contexto político e econômico em cada período. As mudanças implementadas tiveram impactos significativos na estrutura e funcionamento da administração pública, e forneceram importantes lições para o futuro.

As principais contribuições das reformas administrativas no Brasil incluem a profissionalização do serviço público, a descentralização de poder e a busca por eficiência e transparência. Aprendemos que a implementação bem-sucedida de reformas requer um planejamento cuidadoso, a participação de diferentes setores da sociedade e o acompanhamento constante dos resultados. Além disso, a análise das experiências passadas nos mostrou a importância de adaptar as reformas às necessidades atuais e futuras do país.

Diante das perspectivas futuras, é essencial continuar buscando a modernização e aprimoramento da administração pública, promovendo a inovação e a capacitação constante dos servidores. Os desafios incluem a implementação de novas tecnologias, a melhoria da gestão de recursos e a garantia da participação cidadã nos processos decisórios. Além disso, a necessidade de promover a equidade e a eficácia na prestação de serviços públicos permanece como um desafio a ser superado nas próximas reformas.

7. Referências bibliográficas

Albuquerque, R. F. (2004). A reforma administrativa dos anos 90: entre a gerência pública e a gestão social. Revista do Serviço Público, 55(1), 39-61.

Lima, N. B. (2010). Reformas da administração pública no Brasil: avanços e limites. Revista de Administração Pública, 44(2), 419-444.

Bresser-Pereira, L. C. (1996). Da administração pública burocrática à gerencial. Revista do Serviço Público, 47(1), 5-23.

Panorama das principais reformas, desde o DASP até o PDRAE

Panorama das principais reformas, desde o DASP até o PDRAE

Em 1938 é criado o Departamento Administrativo do Setor Público (DASP), durante o governo de Getúlio Vargas. O objetivo da criação deste departamento foi modernizar e racionalizar a administração pública, combatendo o nepotismo e o patrimonialismo por meio da burocracia. Dentre suas atividades pode-se destacar: estudar, organizar e inspecionar os serviços públicos; organizar e fiscalizar a execução do orçamento federal; e promover a seleção, readaptação e aperfeiçoamento de funcionários civis da união. No governo de Juscelino Kubitschek, foi implementada a reforma de 1958, cujo principal objetivo era modernizar e descentralizar a administração pública. No regime militar, ocorreu a reforma administrativa de 1967 que teve como principal característica a centralização do poder e a ampliação do controle sobre a administração pública. Isso resultou em uma estrutura mais hierarquizada e burocrática, com maior intervenção do Estado na economia e na sociedade. A democracia no Brasil começou com a Proclamação da República em 1889, mas o período mais longo e consolidado de democracia (chamado de Nova República) iniciou em 1985, após o fim da ditadura militar. A Constituição de 1988 foi um marco que reforçou e garantiu os direitos e liberdades democráticas, estabelecendo o sistema democrático atual e garantindo direitos fundamentais como liberdade de expressão e voto livre. As primeiras eleições diretas para presidente ocorreram em 1989. No governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, foi elaborado por Bresser-Pereira o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) que estabeleceu a redução do tamanho do Estado, a descentralização administrativa, a profissionalização do serviço público, a simplificação de processos burocráticos, a modernização tecnológica e o fortalecimento da gestão por resultados.

Como mencionado pela colega Paula Martins Pasqua vale destacar ainda o Programa Nacional de Desburocratização (1979) cujo foco aqui foi a simplificação de procedimentos e a redução da burocracia, buscando agilizar os serviços públicos.

Panorama das principais reformas, desde o DASP até o PDRAE

O panorama das reformas administrativas no Brasil mostra uma trajetória que vai do combate ao patrimonialismo à busca por eficiência e foco em resultados. O DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público), criado em 1938 no governo Vargas, foi a primeira grande tentativa de modernização, ao implantar concursos públicos, regras de pessoal e controle orçamentário, buscando profissionalizar a burocracia e superar práticas clientelistas. Já em 1967, durante o regime militar, o Decreto-Lei 200 promoveu uma reforma que distinguiu a administração direta da indireta, ampliou a descentralização e introduziu princípios de planejamento e racionalização, mas também abriu espaço para contratações sem concurso, o que manteve traços de patrimonialismo e clientelismo. Com a Constituição de 1988, o Estado assumiu novas responsabilidades sociais, mas a ampliação de funções ocorreu em meio a crises fiscais, o que levou à necessidade de repensar seu papel. Nesse contexto surgiu, em 1995, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), coordenado por Bresser-Pereira no governo FHC, que propunha um modelo gerencial, com foco na eficiência, descentralização, parcerias com a sociedade civil e setor privado e gestão por resultados. Embora tenha introduzido conceitos importantes e inspirado a Emenda Constitucional 19/1998, que incluiu o princípio da eficiência na Constituição, o PDRAE enfrentou resistências políticas e culturais e não foi implementado plenamente. Assim, o Brasil desenvolveu um modelo híbrido, que combina traços patrimonialistas, burocráticos e gerenciais, refletindo avanços e limites da trajetória de reformas administrativas.

Panorama das principais reformas, desde o DASP até o PDRAE

A trajetória das reformas administrativas no Brasil, do DASP ao PDRAE, revela não apenas mudanças estruturais, mas uma profunda transformação na concepção do Estado e do papel do servidor público. A reflexão destaca com sensibilidade como cada reforma carrega um projeto político e ético, e como o servidor, mais do que executor, deve ser agente crítico dessa travessia. Entre a busca por eficiência e a preservação da missão pública, permanece o desafio de equilibrar técnica e justiça.

Panorama das principais reformas, desde o DASP até o PDRAE

Segue panorama das reformas administrativas no Brasil, desde o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) até o (PDRAE).

DASP: criado em 1938, no Governo Getúlio Vargas, com o objetivo de modernizar e aprimorar a eficiência da administração pública. Suas principais medidas envolveram a promoção da meritocracia por meio da realização de concursos públicos transparentes e imparciais, a racionalização das despesas públicas e a centralização do controle financeiro e patrimonial.

Reforma de 1958: realizada durante Governo Juscelino Kubitschek, cujo principal objetivo era modernizar e descentralizar a administração pública, o que envolveu a criação de novos órgãos, a descentralização de recursos e maior autonomia para as unidades federativas. A reforma buscou fortalecer os órgãos de planejamento e controle, além de introduzir critérios de avaliação de desempenho.

Reforma de 1967: ocorrida durante o Regime Militar, teve como principal característica a centralização do poder e a ampliação do controle sobre a administração pública. Isso resultou em uma estrutura mais hierarquizada e burocrática, com maior intervenção do Estado na economia e na sociedade. Essa reforma foi uma ferramenta utilizada para fortalecer o regime e garantir sua permanência no poder. Nesse sentido, a centralização do poder e a burocratização da administração pública foram mecanismos que permitiram ao governo controlar e monitorar de perto as atividades do Estado e da sociedade em geral.

Redemocratização e a Constituição de 1988: com o advento da nova Constituição, foram criados novos órgãos e instituições, aumentando a estrutura administrativa do país.
Houve a descentralização do poder e a ampliação da participação popular nas tomadas de decisão. No contexto econômico, a Carta Magna buscou conciliar o desenvolvimento econômico com a garantia dos direitos sociais. Para isso, ela estabeleceu bases para a criação de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades sociais e a promoção do bem-estar da população.

PDRAE: elaborado em 1995, no Governo Fernando Henrique Cardoso, consiste em um conjunto de medidas e diretrizes que visam reorganizar e reestruturar a máquina estatal, como a redução do tamanho do Estado, a descentralização administrativa, a profissionalização do serviço público, a simplificação de processos burocráticos, a modernização tecnológica e o fortalecimento da gestão por resultados. Quanto à descentralização administrativa, houve a transferência de competências e responsabilidades para as esferas estaduais e municipais, buscando fortalecer a gestão local e estimular a participação da sociedade na definição e implementação de políticas públicas. A ideia é aproximar o Estado dos cidadãos, tornando-o mais ágil e acessível.

Panorama das principais reformas, desde o DASP até o PDRAE

As reformas administrativas no Brasil seguiram diferentes fases. O DASP (1938), no governo Vargas, marcou a introdução do modelo burocrático, com concursos, carreiras e padronização da máquina pública. Já o Decreto-Lei nº 200/1967, no regime militar, buscou descentralizar e dar maior flexibilidade ao Estado, criando a administração indireta. Nos anos 1970 e 1980, o Estado cresceu com foco no desenvolvimento econômico, mas a crise fiscal revelou limites desse modelo. A Constituição de 1988 consolidou o Estado social, ampliando direitos e responsabilidades públicas, embora mantivesse rigidez burocrática. Por fim, o PDRAE (1995), no governo FHC, propôs a reforma gerencial, com foco em resultados, eficiência, agências reguladoras e parcerias com organizações sociais. Apesar de avanços, sua implementação foi parcial. É importante falar que evoluímos do modelo burocrático (DASP), para a descentralização (DL 200), depois para o Estado social (1988) e, por fim, para o gerencialismo (PDRAE).

Panorama das principais reformas, desde o DASP até o PDRAE

A trajetória das reformas administrativas no Brasil, desde o DASP até o PDRAE, pode ser vista como uma evolução de modelos, passando pela administração patrimonialista, burocrática e, finalmente, buscando a gerencial.

DASP (1938-1945): O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) marcou a criação de um modelo de administração pública mais racional e centralizado, buscando a modernização da burocracia estatal. O DASP foi responsável por centralizar decisões e transferir autoridade para o governo central e para o próprio departamento.

Decreto-Lei 200 (1967): Este decreto buscou otimizar a gestão da administração pública, conferindo autonomia administrativa e financeira às entidades da administração indireta, promovendo a descentralização.

Programa Nacional de Desburocratização (1979): O foco aqui foi na simplificação de procedimentos e na redução da burocracia, buscando agilizar os serviços públicos.

A Constituição de 1988: Foi promulgada em 5 de outubro de 1988. Ela estabeleceu um marco para a democracia brasileira após anos de regime militar, garantindo direitos e deveres aos cidadãos e estruturando o Estado.

Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) (1995): O PDRAE representou uma mudança mais profunda, com o objetivo de redefinir o papel do Estado na economia e na sociedade, buscando maior eficiência e foco no cidadão.

Re:Panorama geral sobre as reformas administrativas no Brasil.

O Brasil passou por quatro grandes marcos de reforma administrativa: o DASP (1938), que introduziu o modelo burocrático; o Decreto-Lei nº 200 (1967), que descentralizou e criou a administração indireta; a Constituição de 1988, que ampliou o papel social do Estado, mas manteve a rigidez burocrática; e o PDRAE (1995), que trouxe o modelo gerencial, com foco em eficiência, resultados e parcerias público-privadas.

Panorama geral sobre as reformas administrativas no Brasil.

O panorama geral das reformas administrativas no Brasil revela um processo contínuo de transformação do Estado, com marcos históricos importantes e iniciativas recentes em andamento. Desde a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) em 1938, durante o governo de Getúlio Vargas, o país tem buscado modernizar sua administração pública, promovendo a profissionalização, a racionalização dos gastos e a melhoria da eficiência dos serviços públicos. O marco inicial foi a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) em 1938, durante o governo Vargas, com o objetivo de combater o patrimonialismo e implantar um modelo burocrático baseado na racionalização da máquina pública e na profissionalização do serviço público. Com a redemocratização, a Constituição de 1988 trouxe avanços em direitos sociais, mas também impôs rigidez à gestão pública, o que foi considerado um retrocesso do ponto de vista gerencial. Em resposta, o governo de Fernando Henrique Cardoso lançou, em 1995, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), que consolidou o modelo gerencial, propondo a redefinição do papel do Estado, a valorização da gestão por resultados e a ampliação das parcerias com o setor privado e a sociedade civil.

Re:Panorama geral das reformas administrativas no Brasil

Em complementação ao panorama da administração pública brasileira, destaca-se o Decreto-Lei 200 (1967): Este decreto buscou otimizar a gestão da administração pública, conferindo autonomia administrativa e financeira às entidades da administração indireta, promovendo a descentralização.

Panorama geral das reformas administrativas no Brasil

A trajetória das reformas administrativas no Brasil revela mudanças importantes na forma como o Estado organiza sua estrutura e entrega serviços à população. Esse processo começou em 1938, com a criação do DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público), durante o governo de Getúlio Vargas. Essa reforma foi inspirada no modelo burocrático europeu e buscava profissionalizar o serviço público, por meio da implantação de concursos, criação de carreiras e padronização dos processos administrativos. Foi o primeiro passo para construir uma administração mais técnica e menos dependente de indicações políticas.

A criação do DASP, durante o governo de Getúlio Vargas, foi o primeiro grande esforço para organizar e profissionalizar o serviço público brasileiro, centralizando a gestão administrativa, implementando concursos públicos e introduzindo padrões de meritocracia. No entanto, o modelo burocrático foi limitado pela rigidez, dificultando a adaptação às demandas sociais.
Podemos Citar:
Criação do DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público) - 1938: visava modernizar o serviço público, com a introdução de métodos científicos de gestão e a implantação de uma carreira funcional mais estruturada
Reformas Administrativas durante o Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961):A proposta era modernizar a máquina administrativa pública para atender às necessidades do acelerado processo de industrialização do Brasil.
Reforma do Serviço Público - 1964 (Pós-Golpe Militar): Após o golpe militar de 1964, houve uma série de reformas no funcionalismo público, que visavam o controle e a eficiência da administração pública.
Reforma Administrativa de 1988 (Constituição de 1988)
Objetivo: A Constituição Federal de 1988 trouxe importantes mudanças no serviço público, visando maior estabilidade, transparência e eficiência.
Reforma do Estado (Plano de Desburocratização e Reforma do Estado - PDRE) - 1995
Objetivo: O PDRE foi implementado no governo Fernando Henrique Cardoso com o intuito de promover a modernização do Estado brasileiro, reduzir a burocracia e melhorar a eficiência administrativa.
Reformas Administrativas Contemporâneas (2000-2020)
Objetivo: Continuar a modernização do Estado, com foco na transparência, accountability e eficiência.











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