A administração gerencial veio como uma ferramenta originada do PDRAE e pós a administração burocrática com o intuito de tornar o Estado mais efetivo e eficaz, atuando com excelência na prestação do serviço e rompendo com as disfunções burocráticas. Cabe ressaltar que ela não rompeu com a burocracia, mas sim atualizou trazendo formas de atuar e prestar serviços à sociedade com qualidade e accountability. Ela passou por processos como o gerencialismo puro, consumerism e PSO. Os princípios foram custo x benefício, qualidade, efetividade e accountability. Os resultados deveriam ser um máquina pública mais reguladora e menos intervencionista e permitindo que o mercado atuasse com mais ênfase na prestação do serviço com concessões, permissões e autorizações e que os impostos fossem melhor distribuídos. No entanto, o Brasil ainda encontra-se engessado politicamente falando.
Colega, sua análise é pertinente ao destacar que a administração gerencial não rompeu com a burocracia, mas a adaptou às novas exigências de eficiência e qualidade na gestão pública. A menção ao PDRAE como marco dessa transição é adequada, assim como a identificação dos princípios centrais do modelo gerencial. Também é válida a observação sobre a busca por um Estado mais regulador e menos intervencionista, com maior participação do setor privado. Contudo, o apontamento sobre o engessamento político do Brasil revela um desafio estrutural que ainda limita a efetividade dessas reformas. Sua reflexão contribui para o debate sobre os limites e possibilidades da modernização administrativa no contexto brasileiro.
Como a Nova Gestão Pública tem influenciado a forma como o governo atua e busca alcançar resultados eficientes e efetivos na prestação de serviços públicos?
26/06/2025
Ana Teresa
O novo modelo enfoca uma gestão baseada em interesses públicos, mirando o bem estra social, porém não apenas com foco empírico, mas baseado em estudos, avaliações de serviços através da análise de dados de diversas plataformas, integrando a prestação do serviço, ao conceito de controle e gerenciamento de qualidade, unindo eficiência, eficácia e renovação, em um modelo moderno, dinâmico e plural, que aborda as diversas questões que se fazem presentes e surgem todos os dias, em um cotidiano tão diverso como o nosso
Destaque para o comentário da colega Ana Teresa, que menciona que o novo modelo de conduzir a coisa pública foca em uma gestão baseada no interesse público, mirando o bem-estar social. Ao direcionar seus esforços para o interesse público, a Nova Gestão Pública propõe-se a superar as disfunções da burocracia e afastar-se mais ainda de práticas patrimonialistas, marcadas pela confusão entre o público e o privado.
A Nova Gestão Pública (NGP), inspirada nas práticas gerenciais do setor privado, tem influenciado profundamente a atuação do Estado ao introduzir uma lógica de resultados, desempenho e eficiência na prestação dos serviços públicos. Essa abordagem rompe com o modelo burocrático tradicional ao priorizar a descentralização administrativa, a gestão por objetivos e indicadores de desempenho, a contratualização de metas e a valorização da meritocracia. Seus principais princípios incluem a orientação para o cidadão como “cliente”, a busca pela economicidade, a responsabilização dos gestores e a introdução de mecanismos de avaliação e controle de resultados.
Na administração pública, a NGP promove uma cultura de inovação e foco em resultados, podendo aumentar a efetividade das políticas públicas. No entanto, também levanta críticas quanto ao risco de desconsiderar valores públicos essenciais, como equidade, universalidade dos serviços e controle social. Ainda assim, quando implementada com equilíbrio e critérios republicanos, a Nova Gestão Pública representa um avanço na profissionalização do Estado e na racionalização da máquina administrativa.
Só corrigindo um detalhe sobre seu comentário e engrandecendo sua proposição, a NPM não rompeu com a burocracia, mas combateu as disfunções burocrática e o PSO atua sim com accountability que é uma forma de controle, responsabilização e transparência. E realmente representa um avanço na AP engessada e presa à comportamentos mecanicistas.
Complementando suas ideias sobre os principais impactos da NGP, que incluem:
Foco em resultados; Orientação para o cidadão; Eficiência e economia; Transparência e accountability; Inovação.
A Nova Gestão Pública (NGP) trouxe uma mudança de paradigma na forma como o governo atua, buscando maior eficiência e eficácia na prestação de serviços públicos. Seus principais princípios incluem governança democrática, orientação para resultados, atitude empreendedora, descentralização de serviços, valorização das pessoas, articulação público/privada e responsabilização. Tais princípios têm impactado a administração pública ao fomentar um foco em resultados concretos, em vez de somente na burocracia, promovendo uma gestão mais transparente e participativa.
A NGP promove a descentralização de serviços e responsabilidades para níveis de governo mais próximos dos cidadãos, buscando maior eficiência e resposta às necessidades locais.
A NGP reconhece a importância do capital humano na gestão pública, investindo em capacitação, desenvolvimento profissional e na criação de um ambiente de trabalho mais motivador.
A NGP promove a parceria entre o setor público e o setor privado, buscando soluções inovadoras e a otimização do uso dos recursos públicos.
A NGP impõe a responsabilização dos gestores públicos por seus resultados, criando mecanismos de controle e avaliação que garantam a transparência e a eficiência da gestão.
A NGP incentiva a inovação, a criatividade e a busca por soluções eficazes para os problemas públicos, promovendo um ambiente de trabalho mais dinâmico e proativo.
A NGP promove a participação social na gestão pública, buscando a construção de políticas públicas mais justas e eficientes.
Portanto, os impactos na Administração Pública podem ser traduzidos por maior eficiência, melhor qualidade dos serviços, aumento da transparência, engajamento do cidadão e mudança de cultura com adoção de práticas mais modernas.
A Nova Gestão Pública por meio das politicas públicas focam na melhoria da qualidade dos serviços públicos, com ênfase na eficiência, resultados e satisfação do cidadão, buscando superar a burocracia tradicional.
Os Princípios da NGP são:
Governança democrática;
Orientação para resultados;
Descentralização de serviços;
Valorização da gestão de pessoas;
Articulação de recursos públicos e privados;
Responsabilização.
Com a Nova Gestão pública a Administração Pública mudou seu modelo de gestão, passando de um modelo burocrático e hierárquico para um modelo mais flexível, descentralizado e orientado para resultados.
A Nova Gestão Pública fez com que os governos implementassem princípios do setor privado, buscando aumentar a eficiência e a produtividade com foco nos resultados. A medida que esse modelo era utilizado surgiram críticas e disfunções e, com isso, a sua evolução, através do Gerencialismo Puro, do Consumerism e do Public Service Orientation (PSO), perspectivas que trouxeram os princípios de economia/eficiência (produtividade), efetividade/qualidade e accountability/equidade (transparência e justiça). Tudo isso permitiu ao Estado o desenvolvimento de uma cultura gerencial nas instituições, estimulando a inclusão da sociedade na análise e no debate das questões financeiras dos custos das políticas públicas.